Vou falar de um ser que entrou no meu caminho num momento de luto, com a partida de um filho para o plano espiritual e ao mesmo tempo com o afastamento de três netos queridos, que moraram comigo. Ter o Jader na minha vida foi crucial pois eu estava afundando no sofrimento, vivia na neblina e ele entrou como o sol trazendo luz sobre meus infortúnios.

Hoje eu me compreendo melhor, antes eu não me compreendia. Eu aprendi que não preciso controlar a minha espontaneidade. Teve uma época que eu controlava muito, eu tinha perdido a espontaneidade.  Agora eu sei que ser extrovertida é uma coisa que faz parte de mim, não tenho mais a necessidade de esconder isso das pessoas e nem de me justificar. Eu recuperei a minha essência e a minha amorosidade com as pessoas. Estou muito feliz por estar voltando a ter contato com meus netos, devagarinho fui reconquistando o meu espaço com eles.  Além disso, estou também tomando o meu “lugar de mãe” com os meus filhos, não estou mais aquela mãe carente, mendigando amor e atenção, estou aprendendo a me posicionar de uma maneira diferente.

Eu aprendi muito com o Jader, eu resgatei muitas coisas boas na terapia e também apareceram coisas menos boas, mas que eu estou trabalhando em cima disso. Ele me acolheu de um jeito que eu nunca tinha sido acolhida e por isso eu tenho um amor fraterno por ele. É como se fosse um filho meu, que me escuta, me entende e que não me julga.